quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Abertura da VIII Conferência Nacional de Assistência Social é marcada por comemoração de conquistas

Ministra Tereza Campello ressaltou que a assistência social passou a ser a chave na execução do principal compromisso nacional: superar a pobreza extrema

Brasília, 7 – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, abriu a oitava edição da Conferência Nacional de Assistência Social em tom de comemoração. “Completamos hoje 18 anos da publicação da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). Hoje é o dia da assistência social”, discursou. Ao anunciar a criação do Índice de Gestão Descentralizada do Sistema Único de Assistência Social (IGD-Suas), Tereza Campello destacou as mais importantes conquistas de 2011 para o setor: a sanção do Projeto de Lei do Suas e o lançamento do Plano Brasil Sem Miséria.
A centralidade da assistência social na erradicação da pobreza extrema é um dos principais temas da conferência, que reúne em Brasília mais de dois mil participantes. “O Brasil Sem Miséria coloca a pobreza como prioridade para todas as políticas públicas e tira da invisibilidade a população mais excluída. Com isso, tira também da invisibilidade a vasta rede de trabalhadores dedicados ao atendimento e acolhimento deste público”, afirmou a ministra.
Tereza Campello também traçou um histórico dos avanços da assistência social no Brasil, intensificado nos últimos anos. “Hoje colhemos os frutos do esforço comum. Estamos em todos os estados e municípios: são 7.700 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e mais de 2.150 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas)”, exemplificou. Ao enumerar outras conquistas, a ministra reforçou a importância que a assistência social ganhou no governo federal. “A área sempre se ressentiu de ser tratada como marginal nos governos. Agora, passou a ser a chave na execução do principal compromisso nacional: superar a pobreza extrema, que atinge 16 milhões de brasileiros.”
Usuários – A valorização dos trabalhadores do Suas, também tema central da conferência, ganhou um porta-voz de peso: o ex-morador de um albergue e coordenador do movimento de populações em situação de rua, Samuel Rodrigues. Em poucas palavras, ele resumiu o papel central que os profissionais da área desempenham: “Se há o direito, se há o acesso ao direito pelos usuários, os trabalhadores com certeza são a chave deste acesso.”
O coordenador, que discursou representando os usuários do Suas, destacou que sua trajetória de vida deve-se ao esforço de pessoas que estavam dispostas a ouvi-lo e a direcionar sua caminhada em busca da cidadania. “A minha história com os trabalhadores é a transformação do número 1.609, que era meu número no albergue em Belo Horizonte, em Samuel Rodrigues novamente”, contou. “É por isso que eu costumo chamar os assistentes sociais de ‘insistentes sociais’.”
O presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Carlos Ferrari, afirmou que, não obstante os enormes avanços na política nacional do setor, ainda há muitas bandeiras dos trabalhadores que precisam ser efetivadas. “Vamos lutar contra a precarização da carreira, pelo reconhecimento e valorização destes que têm trabalhado para que a política realmente se tornasse pública”, disse. “Chegamos à oitava conferencia com a satisfação de podermos comemorar muitas conquistas, mas com a certeza de que muito temos a construir”, acrescentou.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisy Hoffmann, fez questão de destacar também a prioridade da assistência social no atual governo da presidente Dilma Rousseff, a quem representou na solenidade de abertura da Conferência: “A presidenta está presente, seja na participação dela na sanção do PL Suas, no lançamento do Plano Brasil Sem Miséria, do Viver Sem Limite ou do Plano de Combate ao Crack.”

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