terça-feira, 9 de outubro de 2012

Governo e Judiciário firmam pacto para proteger crianças e adolescentes


Documento assinado pela ministra Tereza Campello na terça-feira (9) une esforços para garantir a convivência familiar, melhorar o sistema socioeducativo, erradicar o trabalho infantil e combater a violência sexual
Ana Nascimento/MDS
Ministra Tereza Campello firma pacto que une Executivo e Judiciário na proteção de crianças e adolescentes. Clique na Imagem para Ampliar
Ministra Tereza Campello firma pacto que une Executivo e Judiciário na proteção de crianças e adolescentes
Brasília, 9 – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, assinou, na terça-feira (9), a Carta de Constituição de Estratégias em Defesa da Proteção Integral dos Direitos da Criança e do Adolescente. Com isso, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) passa a integrar o comitê interinstitucional criado para garantir o desenvolvimento saudável e digno da infância e dos jovens. O pacto foi firmado durante cerimônia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília. 

Quatro eixos norteiam a parceria: estímulo à convivência familiar; combate à violência sexual contra crianças e adolescentes; melhoria do sistema socioeducativo; e erradicação do trabalho infantil. São signatários do documento, além do MDS, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), os ministérios da Justiça, da Saúde, da Educação e do Trabalho e Emprego, o Supremo Tribunal Federal (STF), o CNJ, a Procuradoria Geral da República, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Conselho Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege). 

Para estimular o convívio familiar, a carta prevê o registro de todos os jovens no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), para que o acompanhamento possa ser mais próximo. Também está prevista a reavaliação periódica das medidas de acolhimento pela justiça, além do estímulo à reinserção por meio da convivência comunitária, educação e capacitação profissional. 

Já para enfrentar a violência sexual, uma série de ações foi definida, como a articulação de medidas preventivas e garantia de maior rapidez e efetividade às investigações. O estímulo de métodos de depoimentos e produção de provas que não afetem psicologicamente as crianças e adolescentes também norteia esse eixo. 

Na questão que envolve as medidas socioeducativas, serão estimuladas as penas em meio aberto e o acompanhamento dos que já cumpriram. Além disso, será buscada a reavaliação judicial dos casos de internação provisória. 

E, no combate ao trabalho infantil, a estratégia é promover a mudança cultural quanto à aceitação da exploração dessa mão de obra, com ações que promovam a sensibilização do setor produtivo. A fiscalização também deverá ser intensificada. 

Comitê – Para garantir o cumprimento dos objetivos pactuados, o comitê interinstitucional permanente atuará de forma conjunta, tendo a SDH a responsabilidade da coordenação. Além dos esforços para a adoção de medidas que efetivem os direitos fundamentais da criança e do adolescente, o documento prevê o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas), do Sistema Único da Saúde (Sus) e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). 

O presidente do STF e do CNJ, Carlos Ayres Britto, frisou o caráter prioritário das ações contidas na carta. “É sempre bom quando o pensamento é acompanhado da ação. As crianças precisam de todos os estágios da infância”, ressalta. 

Ascom/MDS
(61) 3433-1021

www.mds.gov.br/saladeimprensa

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