Palestrantes da conferência nacional do setor reforçam necessidade de ampliação do reconhecimento das atividades dos profissionais que atuam na área. Também defendem maior participação da sociedade na elaboração dos programas
Brasília, 10 - A valorização dos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas) foi um dos temas mais discutidos durante a VIII Conferência Nacional de Assistência Social, que começou na última quarta-feira (7) e termina neste sábado (10), em Brasília. Hoje, eles atuam em 7.700 Centros de Referência de Assistência (Cras) e mais de 2.150 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas).
No painel “Estratégias para a estruturação da gestão do trabalho no Suas e o controle social”, a palestrante Raquel Raichelis, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pediu o reordenamento institucional na rede Suas, tanto na área estatal, quanto na privada, para que participem igualmente das mesmas diretrizes e se submetam a processos de controle social.
Para Raquel, o grande desafio é “superar práticas conservadoras e autoritárias que infantilizam a população, a fim de que ela assuma o protagonismo e tenha participação ativa na definição dos programas”.
Na opinião da segunda palestrante do painel, Jucimeri Isolda da Silveira, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), os trabalhadores da assistência social devem participar do debate e da definição sobre a direção do Suas.
USUÁRIOS - A democratização da gestão não é somente o acesso à informação, defendeu Jucimeri Isolda. Ela também considera importante o momento de tomar decisões sobre como as políticas e os serviços vão se efetivar. Isso, reforçou, permitirá que “os profissionais adotem mecanismos de participação que interfiram na forma que a política está respondendo às demandas dos usuários”.
O painel também contou com a participação da doutora pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) Berenice Rojas Couto. A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), assinalou, garantiu que ações de governo não estejam vinculadas a benesses, patrimonialismo ou clientelismo. No entanto, ressaltou, para compor a seguridade social ainda é necessário incluir os usuários do Suas no debate.
A expositora provocou o público: “Até que ponto nós, trabalhadores, permitimos que os usuários controlem o nosso trabalho? Até que ponto possibilitamos que eles conheçam os mecanismos do nosso trabalho, os mecanismos de inclusão? Que saibam como podem e como não podem participar dos programas que estamos trabalhando? Como é que fazemos essa interlocução? Como permitimos o controle social do nosso trabalho para potencializar o controle social do Estado?”
Já a representante do Fórum Nacional dos Trabalhadores da Assistência Social, Margareth Alves Dalaro Vera, destacou a importância da ampliação de equipes de assistentes sociais. Ela também defendeu o fortalecimento interdisciplinar dos prestadores de serviços, como socioassistenciais, psicólogos, músico-terapeutas, sociólogos, terapeutas ocupacionais e antropólogos.
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Negociação - Em nome dos profissionais, Margareth Alves, assistente social no Rio de Janeiro, cobrou a instalação de uma mesa de negociação permanente com a agenda nacional para os trabalhadores do Suas.
A proposta, segundo ela, tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida, o trabalho e o relacionamento hierárquico nas instituições vinculadas ao Suas. Busca também, acrescentou, assegurar a valorização e a capacitação profissional e melhorar o desempenho para aprimorar a prestação de serviços à comunidade.
“Se não tivermos diretrizes nacionais, vamos ficar precarizados. Para sairmos dessa situação, temos que instalar a mesa [de negociação]”, disse Margareth Alves. “Já temos a resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social.”
A assistente social reclamou ainda do fraco desempenho na implantação da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Suas pela maioria dos municípios.
O painel “Estratégias para a estruturação da gestão do trabalho no Suas e o controle social” ocorreu na quinta-feira (8).
Daniella Almeida
Ascom/MDS
(61) 3433 1068
www.mds.gov.br/saladeimprensa
No painel “Estratégias para a estruturação da gestão do trabalho no Suas e o controle social”, a palestrante Raquel Raichelis, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pediu o reordenamento institucional na rede Suas, tanto na área estatal, quanto na privada, para que participem igualmente das mesmas diretrizes e se submetam a processos de controle social.
Para Raquel, o grande desafio é “superar práticas conservadoras e autoritárias que infantilizam a população, a fim de que ela assuma o protagonismo e tenha participação ativa na definição dos programas”.
Na opinião da segunda palestrante do painel, Jucimeri Isolda da Silveira, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), os trabalhadores da assistência social devem participar do debate e da definição sobre a direção do Suas.
USUÁRIOS - A democratização da gestão não é somente o acesso à informação, defendeu Jucimeri Isolda. Ela também considera importante o momento de tomar decisões sobre como as políticas e os serviços vão se efetivar. Isso, reforçou, permitirá que “os profissionais adotem mecanismos de participação que interfiram na forma que a política está respondendo às demandas dos usuários”.
O painel também contou com a participação da doutora pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) Berenice Rojas Couto. A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), assinalou, garantiu que ações de governo não estejam vinculadas a benesses, patrimonialismo ou clientelismo. No entanto, ressaltou, para compor a seguridade social ainda é necessário incluir os usuários do Suas no debate.
A expositora provocou o público: “Até que ponto nós, trabalhadores, permitimos que os usuários controlem o nosso trabalho? Até que ponto possibilitamos que eles conheçam os mecanismos do nosso trabalho, os mecanismos de inclusão? Que saibam como podem e como não podem participar dos programas que estamos trabalhando? Como é que fazemos essa interlocução? Como permitimos o controle social do nosso trabalho para potencializar o controle social do Estado?”
Já a representante do Fórum Nacional dos Trabalhadores da Assistência Social, Margareth Alves Dalaro Vera, destacou a importância da ampliação de equipes de assistentes sociais. Ela também defendeu o fortalecimento interdisciplinar dos prestadores de serviços, como socioassistenciais, psicólogos, músico-terapeutas, sociólogos, terapeutas ocupacionais e antropólogos.
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Negociação - Em nome dos profissionais, Margareth Alves, assistente social no Rio de Janeiro, cobrou a instalação de uma mesa de negociação permanente com a agenda nacional para os trabalhadores do Suas.
A proposta, segundo ela, tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida, o trabalho e o relacionamento hierárquico nas instituições vinculadas ao Suas. Busca também, acrescentou, assegurar a valorização e a capacitação profissional e melhorar o desempenho para aprimorar a prestação de serviços à comunidade.
“Se não tivermos diretrizes nacionais, vamos ficar precarizados. Para sairmos dessa situação, temos que instalar a mesa [de negociação]”, disse Margareth Alves. “Já temos a resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social.”
A assistente social reclamou ainda do fraco desempenho na implantação da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Suas pela maioria dos municípios.
O painel “Estratégias para a estruturação da gestão do trabalho no Suas e o controle social” ocorreu na quinta-feira (8).
Daniella Almeida
Ascom/MDS
(61) 3433 1068
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