domingo, 10 de março de 2013

Programa Bolsa Família apoia emancipação e autonomia feminina


Pesquisadores debatem sobre a importância da titularidade da transferência de renda pelas mulheres para a redução das desigualdades sociais e a importância da participação ativa das beneficiárias

Seminário debateu a importância do Bolsa Família para a emancipação feminina
Brasília, 8 – Os pesquisadores que participaram, nesta sexta-feira (8), do seminário As Mulheres e o Programa Bolsa Família defendem que as mulheres são peças fundamentais para o sucesso das ações sociais. O evento foi organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo a socióloga Walquíria Leão Rêgo, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o programa trouxe uma lógica de planejamento familiar e desencadeou processos que favoreceram o papel delas como cidadãs. 

Atitudes tomadas pelas mulheres, como encorajar-se para pedir o divórcio, refletir sobre quantos filhos deseja ter, comprar um batom pela primeira vez, abrir uma conta no mercadinho da cidade são algumas das situações observadas no estudo da pesquisadora, que entrevistou cerca de 150 mulheres que recebem o Bolsa Família. Uma autonomia que foi possibilitada pela renda fixa mensal, que trouxe a liberdade para fazer escolhas sobre a própria vida. 

A professora de sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Neuma Aguiar, afirmou que as mulheres, quando se transformam em gestoras dos benefícios, favorecem não apenas o núcleo familiar, mas também gerações futuras, que terão uma base melhor para que possam alcançar a ascensão social. 

Na abertura do evento, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, destacou que o período é comemorativo, em virtude do Dia Internacional da Mulher, dos 10 anos da Secretaria de Política das Mulheres e dos dez anos do Bolsa Família. “Já avançamos muito nos últimos anos no combate à miséria. E queremos refinar esse conhecimento e continuar avançando cada vez mais.” 

Ascom/MDS
(61) 2030-1021

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